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Memória - 27 de abril de 2015

Única sobrevivente da Casa da Morte morre em Niterói

 

Inês Etienne Romeu tinha 72 anos e faleceu em casa, na manhã de 27 de abril de 2015

 

O VELÓRIO DA NOSSA GUERREIRA INÊS ETIENNE ROMEU SERÁ AMANHÃ, DIA 28/04, DE 14 ÀS 20H NO CEMITÉRIO PARQUE DAS COLINAS EM PENDOTIBA, NITEROI

 

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Foto: José Pedro Monteiro / Agência O Dia

NOTA DE PESAR

 O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ lamenta profundamente a morte da nossa querida guerreira Inês Etienne Romeu. Sua militância teve início, no movimento estudantil durante os anos de 1960, em Belo Horizonte, na Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop) e depois ingressou na VAR-Palmares.

Inês faleceu ontem (27/04/2015) em sua casa em Niterói/RJ aos 72 anos de insuficiência respiratória, edema pulmonar e infarto do miocárdio.

Presa em 1971, em São Paulo, pelo delegado Sérgio Fleury e sua turma foi conduzida a um aparelho da repressão, em Petrópolis/RJ, mais tarde denominado Casa da Morte. Permaneceu nesse lugar por 96 dias, onde foi barbaramente torturada e violentada por seus algozes. Conseguiu sobreviver e foi levada para o presídio Talavera Bruce, em Bangu. Condenada à prisão perpétua foi libertada em 1979.

Após a Anistia, revelou em depoimento a OAB a existência do local onde esteve sequestrada e foi torturada. Apontou os torturadores e lembrou os seus codinomes e, também, se recordou da passagem pela Casa da Morte de diversos presos políticos entre os quais Carlos Alberto Soares, o Beto, comandante da VAR-Palmares.

Segundo o relato do procurador da República, Dr. Sérgio Suiama; “a única sobrevivente da Casa da Morte, de quem a Justiça criminal recusou-se a ouvir o relato”.

Inês Eienne Romeu um nome a ser lembrado e, principalmente, preservado por sua integridade, combatividade e ética.

INES PRESENTE HOJE E SEMPRE!

Pela Vida, Pela Paz, Tortura Nunca Mais!

Diretoria do GTNM/RJ

UM NOME A SER LEMBRADO E, PRINCIPALMENTE, PRESERVADO POR SUA
INTEGRIDADE, COMBATIVIDADE E ÉTICA!!!!

A CASA DA MORTE

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Na Casa da Morte, em Petrópolis, mais de 20 militantes teriam sido mortos. O local funcionava como uma prisão clandestina.

O imóvel, onde funcionou o centro clandestino, existe até hoje na Rua Arthur Barbosa 668, no bairro Caxambu, em Petrópolis. O proprietário atual é Renato Noronha, que comprou a casa em 1978.

Considerada um dos piores porões de tortura da ditadura civil-militar, conta-se que do local, também conhecido como Casa dos Horrores e Codão, ninguém saía vivo. Com exceção é Inês Etienne Romeu, que conseguiu sair da casa graças a uma campanha internacional de denúncia de sua prisão clandestina.

 

 

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