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- 24 de junho de 2013

Getúlio D’Oliveira Cabral

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO REVOLUCIONÁRIO (PCBR).

Nasceu em 4 de abril de 1942, em Espera Feliz, Minas Gerais. Filho de Manoel D’Oliveira e Lindrosina Cabral de Souza.

Estudou o 1º grau na Escola Darcy Vargas, em Caxias (RJ), onde sua família passou a residir.

Casou-se com Maria de Lourdes, com quem teve dois filhos.

Ainda muito jovem iniciou sua militância na União da Juventude Comunista. Mais tarde incorporou-se ao Centro Pró-Melhoramentos de Caxias.

Filiou-se ao Sindicato dos Metalúrgicos onde participou das lutas de sua categoria profissional.

Foi dirigente regional do PCB e, posteriormente, dirigente nacional do PCBR.

Escriturário da Fábrica Nacional de Motores (FNM).

Morto sob torturas no dia 29 de dezembro de 1972, aos 31 anos, no DOI/CODI-RJ. Getúlio foi uma das vítimas do massacre que também vitimou Fernando Augusto da Fonseca, José Silton Pinheiro e José Bartolomeu Rodrigues de Souza.

Os Relatórios dos Ministérios da Marinha e da Aeronáutica dizem que “faleceu dia 29 de dezembro de 1972, no Rio de Janeiro em tiroteio com agentes de segurança…”

O relatório da Anistia Internacional diz que ele foi morto e colocado em um carro incendiado – sendo seu corpo parcialmente carbonizado, após ter sido torturado no DOI-CODI/RJ, juntamente com José Silton Pinheiro, José Bartolomeu Rodrigues de Souza e Fernando Augusto Valente da Fonseca.

No Arquivo do DOPS/PE encontrou-se em seu prontuário de n° 19.407 a informação de que “foi morto na Guanabara, em tiroteio com as Forças Armadas”. Segundo informações contidas nesse documento, Getúlio foi servente do Ministério da Indústria e Comércio, tendo sido demitido por perseguição política no final do ano de 1964. Em 1971, estava com prisão preventiva decretada.

O corpo de Getúlio entrou no IML, em 30 de dezembro de 1972, pela Guia n° 11 do DOPS/RJ. Seu óbito, de n° 132.011, firmado pelo Dr. Roberto Blanco dos Santos, teve como declarante José Severino Teixeira. No verso desse documento, manuscrita, há a seguinte frase: “Inimigo da Pátria (Terrorista)”. Foi enterrado como indigente, apesar de estar com seu nome completo, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, em 06 de fevereiro de 1973, na cova 22.702, quadra 21. Em 20 de março de 1978 seus restos mortais foram transferidos para o ossário geral e, em 1980/1981, para uma vala clandestina, junto com mais de 2.000 ossadas de indigentes.

Mais detalhes ver no caso de Fernando Augusto Valente da Fonseca.

Há ainda laudo (Ocorrência n° 988/72) e fotos de perícia de local ( n° 7.645/72) encontrados no Instituto de Criminalística Carlos Éboli/RJ. As fotos mostram o corpo de Getúlio semi-carbonizado (da cintura para baixo), com a metade inferior do corpo dentro do Volkswagen incendiado (placa GB/EB-3890).

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