A tortura é uma das formas mais cruéis e perversas de desrespeito ao ser humano. Esta pratica passou a ser instrumento oficial do Estado brasileiro, no período ditatorial (1964/1985), e continua a ser utilizada nos dias de hoje, em diversas instituições, especialmente naquelas destinadas a pessoas privadas de liberdade e a céu aberto nas periferias das nossas cidades.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu em 1997, o Dia 26 de junho como o Dia Internacional de Luta contra a Tortura. Desde então, o Grupo Tortura Nunca Mais/RJ (GTNM/RJ) lembra todos os anos essa data.
O momento traz para discussão a tortura como um problema estrutural e ainda aponta que há um longo percurso para que essa prática seja de fato erradicada do cenário nacional e internacional.
O GTNM/RJ tem assumido um claro compromisso na luta pelos direitos humanos, pelo esclarecimento das circunstâncias de morte e desaparecimentos de militantes políticos, pela memória histórica daquele período, pelo afastamento imediato de cargos públicos das pessoas envolvidas e sua responsabilização com a tortura, pela formação de uma postura ética, convicto de que estas são condições indispensáveis na luta contra o esquecimento e o silenciamento dos crimes de ontem e de hoje.
Para homenagear os que vêm sofrendo a violência institucionalizada hoje, e que, continuam, apesar disso, resistindo cotidianamente, escolhemos a comunidade do Morro da Providência para apontar não só a violência do Estado, mas as lutas resistência como o movimento: OCUPA ESCOLA. Esta comunidade já foi invadida pelo Exército, é ocupada por uma UPP, sustentou e apoiou firmemente os estudantes que participaram da recente ocupação das escolas estaduais. Por isso, ouviremos os relatos de um estudante, um professor, uma mãe de aluno participante e um morador da comunidade.
O GTNM/RJ convida a todos para o evento que estará realizando no dia 27 de junho de 2016, no Sindicato dos Jornalistas, à Rua Evaristo da Veiga nº16, 17º andar, reafirmando nossa atitude intransigente contra a tortura.
Não basta denunciar.
Só a luta cotidiana pode acabar com a TORTURA.
PELA VIDA, PELA PAZ
TORTURA NUNCA MAIS!
