CARTAS

Companheiros,

Somos do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba e recebemos uma cópia do seu vídeo Memória para uso diário, quando do lançamento na UFPB.

Estamos desenvolvendo um projeto de capacitação de professores em educação em direitos humanos, com apoio do MEC/SECAD, e temos exibido o seu vídeo para as turmas com grande repercussão no debate.

Vamos distribuir gratuitamente um dvd com alguns vídeos para cada cursista, e nesse sentido vimos consultá-la se é possível uma autorização para que pudéssemos incluir o seu nessa gravação.

Cordialmente,

Lúcia Guerra
Pró-Reitora de Extensão
Nazaré Zenaide
Coordenadora do Projeto REDHBRASIL – por e-mail


Companheiros,

Acabei de chegar em casa aqui em São Vicente e deparo com o E-mail do GTNM/RJ comunicando o falecimento da irmã do Fernando Santa Cruz, desaparecido político. Hoje, no Auditório da Associação dos Anistiados, Aposentados e Pensionistas houve uma palestra sobre o tema "Anistia e os Direitos Humanos". (...) Durante a palestra foi exibido um filme onde aparece um depoimento comovente da irmã do Fernando Santa Cruz, quando ela afirma que as atrocidades cometidas pelos torturadores no Brasil foram piores que as dos membros da SS de Hitler. (...) A companheira que ora nos deixa, certamente fará muita falta, tal como o irmão assassinado friamente por agentes covardes da ditadura militar. Para a família Santa Cruz, as minhas condolências. (...) É o exemplo de pessoas como ela e seu irmão que nos dá coragem e incentivo para continuar a luta.

Um abração para todos

Delson Plácido – por e-mail


Bons dias,

Chamo-me Leire Escalada e sou estudante de 3º ano de Jornalismo da Universidade de Navarra (Espanha). Escrevo-lhe porque estou interessada em realizar uma reportagem sobre a Amazonia e sobre Chico Mendes, pois no próximo mês faz 20 anos de sua morte.

Gostaria que me explicassem quais são os objetivos e projetos do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ e como funciona o prêmio Medalha Chico Mendes: como começou, como se elegem os homenageados, qual é o objetivo....

Perdoem se algumas de minhas palavras ou expressões estão mau escritas, mas não domino o português.

Muito obrigado por sua colaboração.

Espero suas respostas o mais breve possível.

Um abraço desde Espanha,

Leire Escalada – por e-mail


Olá!

Meu nome é Vinicius, sou professor de História e ator de teatro em Joinville-SC. Em contato com alguns amigos que estão realizando um projeto dentro do Centro de Direitos Humanos de Joinville, fui convidado a fazer parte de uma intervenção artística sobre a Ditadura Militar no Brasil a ser realizada em praça pública no dia 13/12. A idéia é apresentar para os cidadãos joinvilenses uma parte da história do Brasil que muitas vezes é esquecida, principalmente nas escolas, onde muitos acreditam não ter acontecido nada demais entre os anos 60 e 80. Queremos explorar depoimentos de pessoas que tenham lutado contra a repressão, depoimentos de exilados, pessoas torturadas ou familiares, não para cutucar as feridas destes, mas para expor o horror vivido por eles com uma lente de aumento que possibilite àqueles que ainda não sabem ou não crêem nas atrocidades da Ditadura Militar no Brasil um primeiro ou novo contato. Gostaria de saber se vocês têm algum material para encaminhar ou indicar: textos, depoimentos, contatos. O que puderem. Grato,

Vinicius da Cunha – por e-mail


Companheiros,

Venho através deste texto apresentar o problema, e buscar apoio referente ao mesmo: o trote tradicional que ocorre dentro das repúblicas federais da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP. O aluno recém-chegado ao ambiente universitário ouro-pretano é brutalmente submetido a humilhações físicas e psicológicas dentro das casas cedidas pela universidade. Tais ações, porém não são vistas como torturas, são vistas como “rituais de passagem” mantidos por uma base de tradição que já dura décadas e que entram em um círculo de manutenção de uma cultura violenta, que não tem serventia alguma e acabam por gerar mais e mais “veteranos” imbuídos da vontade de repetir a outros os atos cometidos contra eles. (...)

José Antonio Ananias de Sillos, Mariana-MG – por e-mail