1964
Filiação: Thamasia Bernarda de Jesus e João Tomaz de Oliveira
Data e local de nascimento: 30/01/1895, Tubarão (SC)
Organização política ou atividade: PCB
Data e local da morte: Entre 1964 e 1965, no Rio de Janeiro (RJ)
Catarinense de Tubarão, antigo militante do PCB e taifeiro da Marinha, participou, no Rio de Janeiro, do polêmico comício da Central do Brasil, dia 31 de março de 1964, quando Jango anunciou o desencadeamento das chamadas Reformas de Base. Logo depois do Golpe de Estado, Divo foi preso, aos 69 anos de idade, e levado para o presídio Lemos de Brito.
Sua esposa, Nayde Medeiros, professora em Criciúma (SC), chegou a visitá-lo uma vez. Ao retornar ao Rio para nova visita, descobriu que seu marido havia desaparecido. Recebeu informações desencontradas dos funcionários do presídio. Uns diziam que ele havia fugido, outros, que fora transferido para o presídio Bangu I. Nayde visitou todas as prisões e cemitérios, escreveu às autoridades, mas nunca recebeu respostas, nem certidão de óbito, nem o corpo, nem explicação alguma. Em abril de 1965, foram localizados alguns pertences de Divo no Departamento do Sistema Penitenciário (DESIP) do Rio de Janeiro. A filha de Divo, Alba Valéria, começou a procurar o pai depois de adulta. Em 1989, esteve no Rio de Janeiro visitando várias repartições públicas e presídios. Uma funcionária do DESIP localizou uma pasta, número 21.426, onde havia o nome de Divo Fernandes D’Oliveira. Na pasta, Alba encontrou alguns documentos pessoais e nada mais.
Conforme as declarações de Jorge Feliciano, ex-militante do PCB e ex-presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e, de Amadeu Luz, dirigente do PCB em Criciúma e em Santa Catarina, Divo deve ter sido morto na prisão Lemos de Brito, no Rio de Janeiro. O corpo nunca foi entregue à família.