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Medalha Chico Mendes |

 
- 25 de janeiro de 2019

COSME ALVES NETO (in memoriam)

 

Cosme Alves Neto nasceu em 15 de janeiro de 1937, no Rio de Janeiro. Faleceu em 1996, no Rio de Janeiro, aos 59 anos de idade. Formou-se em Comunicação Social na PUC e em Filosofia na UERJ. Exercia a profissão de pesquisador e produtor de cinema.
 No início da década de 1960, foi diretor do Grupo de Estudos Cinematográficos da União Metropolitana de Estudantes e em agosto de 1964, assumiu a direção da Cinemateca do MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), transformando o local em um ponto de resistência política durante a ditadura militar de 1964-1985. Também foi programador do Cinema Paissandu.
 Cosme foi uma das mais importantes personalidades do cinema brasileiro e da cultura nacional, por sua atuação na descoberta e na recuperação e conservação de filmes brasileiros de todas as épocas, pela influência na produção de filmes de longa-metragem, curta-metragem e de documentários; pelo papel de liderança e coordenação que exerceu em movimentos destinados ao fortalecimento do cinema do País; pelo intercâmbio que, com sua ação fecunda, promoveu entre o cinema brasileiro e as cinematografias de vários continentes; pelo otimismo com que sempre defendeu as suas convicções firmes no campo cultural e no campo político. (Cosme foi um dos responsáveis por trazer à luz da contemporaneidade a existência do pioneiro Silvino Santos). E, por tudo isso, foi preso e torturado durante o período da ditadura.
 Grande cinéfilo e conhecedor do cinema brasileiro e latino-americano, Cosme era considerado como o embaixador das cinematografias da América do Sul. Foi curador, por 40 anos, da Cinemateca do MAM-RJ. Foi programador do Cine Paissandu quando este, através de exibição de filmes marginalizados pelos circuitos tradicionais, familiarizou milhares de jovens com o cinema europeu, sobretudo a Nouvelle Vague francesa, cinema japonês, sueco, italiano, tcheco, polonês, russo e latino-americano.
 Disseminou pelo Brasil o movimento cineclubista, e que, graças a isso, pôde formar-se no País uma geração de cineastas que fecundariam o cinema brasileiro com as ideias de um novo cinema – Cinema Novo, o Cinema Novo do Brasil, como passou a ser conhecido no exterior.
 Em 2006, pelo transcurso dos dez anos de seu falecimento, foi homenageado em vários festivais de cinema no Brasil e no exterior.
  COSME ALVES NETO presente sempre!
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