Militante da VANGUARDA ARMADA REVOLUCIONARIA PALMARES (VAR-PALMARES).
Filha de Clélia Lara Barcellos e Waldemar de Lima Barcelos, nasceu no dia 25 de março de 1945, em Antônio Dias, Minas Gerais, onde seu pai trabalhava como agrimensor.
A profissão do pai a levou a regiões diversas: São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e todos eram obrigados a acompanhá-lo em suas andanças. Para os filhos isso significou freqüentar diversas escolas.
Em Belo Horizonte, Dora estudou no Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima.
Seus avós haviam ajudado a organizar uma escolinha num bairro pobre. Dora, com 14 anos, junto com Maria Helena, sua irmã, lecionava nesta escolinha que ficava numa das favelas da cidade. Lecionaram por mais de dois anos, em contato permanente com a miséria dos moradores da favela, imigrantes de zonas rurais.
Quando era aluna do curso primario, Dorinha sonhava ser missionária. Quando moça, ela pensava em servir como médica no próprio Brasil ou no exterior.
Começou a estudar Medicina, na UFMG, em 1965. Durante o curso, começou a perceber a miséria que a cercava
Dora cursava o quinto ano de Medicina, na área de Psiquiatria, e dava plantões no Hospital Galba Veloso e no Pronto Socorro.
Nos hospitais onde Dorinha trabalhou, como estudante, havia 80 pacientes em dormitórios planejados para 15 pessoas. Faltava alimentação adequada, os doentes eram submetidos ao penoso processo de choque elétrico e tratados mais como números do que como seres humanos. A partir daí, Dora começou a se rebelar.
Em 1968 aderiu à ideologia marxista-lenista, admirando, como grandes exemplos, personalidades como as de Che Guevara e de Carlos Marighella e recebendo uma grande influência das teorias de Regis Debray Nessa época, Dora já estava atuando no movimento estudantil.
No dia 19 de março de 1969, Dora mudou-se para o Rio de Janeiro, entrando para a clandestinidade como militante da organização VAR-PALMARES. Dorinha usava os nomes de Maria Auxiliadora Montenegro e Maria Carolina Montenegro e os codinomes Dodora, Maria Alice, Maria Eugênia, Chica e Laura. Mesmo vivendo como clandestina, continuou enviando notícias, através de cartas, para sua família.
Dorinha foi presa no dia 21 de novembro de 1969 no Rio de Janeiro, em companhia de Antônio Roberto Espinoza e Chael Charles Schreier, na casa em que moravam na rua Aquidabã, 1053, em Lins de Vasconcelos, por denúncias de vizinhos.
Levados para o Quartel da PE na Vila Militar, foram bastante torturados e Chael, em conseqüência das torturas, morreu em menos de 24 horas de prisão, conforme testemunho de Dorinha.
Banida para o Chile, em 23 de janeiro de 1971, quando do seqüestro do embaixador Suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, junto com outros 69 presos políticos brasileiros. Dorinha viajou acreditando que poderia levar uma vida normal estudando e trabalhando fazendo o que queria, lutando pelos oprimidos. No Chile, que ela tanto amou, onde reencontrou a alegria, a esperança e a liberdade, voltou a estudar.
Em 1973, com a queda de Allende e o golpe militar, Dora teve que conseguir asilo político na embaixada do México, onde viveu 6 meses e trabalhou como intérprete.
Do México foi para a Bé1gica e da Bé1gica para a França, onde ficou 2 meses e, de lá, para a Alemanha, passando a viver em Colônia e a fazer um curso da língua alemã. Como aluna aplicada e estudiosa conseguiu ir para Berlim Ocidental, depois de passar, em primeiro lugar, no concurso de língua alemã, entre 600 estrangeiros. Na Alemanha, finalmente, conseguiu dar prosseguimento ao curso de Medicina que, no Brasil, interrompera no 5° ano e no Chile não conseguira concluir.
Para conclusão do curso, com especialidade em Psiquiatria, pelo seu currículo, foi feita a exigência de que se submetesse a 24 provas, de 4 horas cada uma. Dora, com a coragem e disposição que lhe eram peculiares, dispôs-se a fazer as provas; recebia para isto, uma bolsa do governo alemão, que, era uma das maiores na época, e receberia até carro, a ponto de dispensar a ajuda familiar, que até então fora imprescindível.
Parece que Dora não deveria mesmo concluir o curso de Medicina. Quando estava fazendo a 18ª prova, jogou-se sob os trilhos do metrô, encontrando morte instantânea. O governo alemão encarregou-se das providências e arcou com todas as despesas, desde que morreu até o traslado do seu corpo para o Brasil, além de conceder uma indenização que, a pedido de sua família, foi revertida em benefício dos seus companheiros que mais precisassem. Seu corpo foi cremado na Alemanha, trazido para o Brasil e enterrado em Belo Horizonte.
Em 26 de agosto de 2004, a Comissão Especial da Lei 9140/95 reconheceu a responsabilidade da União no assassinato de MARIA AUXILIADORA LARA BARCELLOS Processo nº. 114/04 RELATÓRIO Requerimento: O requerimento é apresentado pela mãe, Clélia Lara Barcellos. Militância Política e fatos: Maria Auxiliadora foi militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares – Var-Palmares. Consta no Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos, na referência a mortes no exílio, com o relato de suicídio. Filha de Clélia Lara Barcellos e Waldemar de Lima Barcelos, nasceu no dia 25 de março de 1945, em Antônio Dias, Minas Gerais e morreu na Alemanha, em 01 de junho de 1976. Cursava o 5º ano de Medicina, quando foi presa, em 21 de novembro de 1969, no Rio de Janeiro, juntamente com Chael Charles Schreier e Antonio Roberto Espinoza. Levados para o Quartel da Polícia do Exército (PE) na Vila Militar foi barbaramente torturada, juntamente com Antonio e Chael. Em conseqüência das torturas, Chael morreu em menos de 24 horas de prisão. A denúncia de Maria Auxiliadora e Antonio Roberto à Auditoria Militar foi fundamental para o resgate da história de Chael. Esteve ainda em várias prisões: Linhares, Juiz de Fora e na Penitenciária de Bangu. Após dois anos como prisioneira política, foi banida para o Chile, junto com outros 69 presos políticos brasileiros, trocados quando do seqüestro do embaixador Suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 13 de janeiro de 1971. Lá obteve asilo e voltou a estudar medicina, apesar das dificuldades e da necessidade de regredir em dois anos em função das diferenças de currículo. Em 1973, com a queda de Allende e o golpe militar, Dora viu-se obrigada a conseguir asilo político na embaixada do México, onde viveu 6 meses e trabalhou como intérprete. Do México seguiu para a Europa, tentando prosseguir seus estudos na Bélgica e, posteriormente foi para a França, quando através da Cruz Vermelha, obteve do governo da Alemanha concordância para reabilitar bolsa de estudos que, quando ainda no Chile, havia obtido através de concurso. Chegou à Alemanha no dia 10 de fevereiro de 1974. Prestes a concluir o curso de medicina, com especialidade em psiquiatria, foi internada em uma clínica de tratamento médico-psiquiátrico, acometida de graves problemas emocionais e de amnésia. Em 1º de junho de 1976, logo após ter consultado seu médico, atirou-se frente a um trem na estação de metrô, em Berlim Ocidental. O governo alemão arcou com todas as despesas do traslado do corpo para o Brasil, 15 dias depois. Do governo brasileiro, a família não recebeu qualquer amparo. Durante muito tempo, a família no Brasil pensava que sua Maria Auxiliadora, Dora, Dodora, Dorinha, tinha morrido em um acidente. Para amenizar a dor da família distante, os companheiros na Alemanha ocultaram seu triste fim. No livro “A Fuga”, editado em 1984, Reinaldo Guarany, o companheiro com quem vivia na Alemanha, relata: “(…) Dora matou-se a 1º de junho de 1976. Direta e decidida como sempre fora na vida, atirou-se na frente de um trem, na estação de Neu-Westend. Não pudemos ver seu corpo, estava muito estraçalhado. O Brasil foi pressionado pela igreja alemã e pelo governo social-democrata e acabou aceitando que seu corpo fosse transladado para Minas Gerais e, assim, cumpriu-se o que Dora afirmara em 1971, em um filme de um americano chamado Saul Landau: – Tarde ou cedo, voltarei para o Brasil! Durante muitos anos menti para sua mãe, dizendo que Dora morrera em um acidente de carro. Anos depois, o Tristão de Ataíde, no início da campanha pela anistia, relatou a morte de Dora, como suicídio, fruto do desespero dos exilados. Dois meses antes de matar-se, Dora tivera uma pane psíquica. Foi internada em uma clínica em Spandau e minha rotina passou a ser: hospital-universidade-casa-hospital. Teve alta uma semana antes de matar-se, mas seus pesadelos eram constantes. Havia um que a vivia atormentando: éramos perseguidos dentro de um túnel, oprimia-nos uma sensação de sufoco e angústia porque, por mais que corrêssemos, nunca alcançávamos o fim do túnel, depois caíamos em uma espécie de espiral, rodando para baixo, tontos, perdidos. Na manhã em que se matou, Dora avisou-me: – Sabe, tenho pensado em me matar. Quase caí de quatro. Conversei com ela horas, dizendo das coisas bonitas que tínhamos em nossas vidas, que nosso quartinho era pequeno naquela residência estudantil, mas que havia um lindo parque florido naquele início de verão, que logo iríamos nos arrancar para Moçambique e aí ninguém ia segurar a gente que o Geisel estava cai-não-cai no Brasil e que voltaríamos para nossa terra, para escutar um idioma de cristãos, ouvir música de gente, comer comida de reis. Abracei Dora e nunca antes em minha vida fui tão sincero no meu egoísmo: – Dora, se você se matasse o que ia ser de mim? (…) Dora era tudo para mim, era a companheira de todas as horas, juntos nos encolhíamos no escuro dos cinemas berlinenses, tão agarradinhos, que a sensação que eu tinha era a de estar no útero materno. Éramos cicatrizes um do outro, mas dessas cicatrizes que a gente gosta de carregar, que nos lembra a própria identidade. Dora sossegou-me em meu medo e insegurança e garantiu que iria até a clínica. Eu ainda dei adeus para ela, da janela. Não sei se sorria ou chorava, só sei que estava grato a ela. Ela foi caminhando entre as flores do parque do nosso Wohnheim, confundindo-se com os brilhos da chuva da noite passada, que ofuscavam meus olhos. E eu nunca mais a vi (…).” Para se entender o suplício que viveu, basta examinarmos a denúncia de Dora frente à 2ª Auditoria da Marinha, em 27 de maio de 1970: “(…) que foi presa no dia 21 de novembro, que estavam juntos a declarante, Antonio Roberto e Chael (…) que foram presos em casa, na Rua Aquidabã, no Lins, por uma turma mista, composta por elementos do DOPS e da Polícia do Exército; que foram conduzidos ao DOPS, onde se procederam as providências de rotina; que se encontravam os três numa sala, de onde Chael foi chamado para dirigir-se a uma sala ao lado, onde Chael foi espancado, ouvindo a declarante os seus gritos; que depois dessas duas horas, Antonio Roberto também foi chamado, que de dez horas da noite as quatro horas da manhã, Antonio Roberto e Chael ficaram apanhando, durante cujas horas, a declarante permaneceu na sala, de início, assinalada; que nesta sala foram tirando aos poucos sua roupa; que não pode identificar os nomes daqueles que o faziam; que o Dr. Wasconcelos dirigia o que ia acontecendo, que não pode precisar bem se era este o nome do policial; que um policial, entre calões proferidos por outros, ficou a sua frente como traduzindo manter relações de sexo com a declarante, ao tempo em que tocava em seu corpo, que esta prática perdurou por duas horas; que o policial profanava os seus seios e usando uma tesoura, fazia como iniciar seccioná-los; que entre semelhante prática, sofreu bofetadas, já quando a sala vieram cerca de 15 pessoas; que abriram a porta da sala em seguida, e se dirigiram à sala contígua, interpelavam a Chael e Antonio Roberto, como era a declarante sob o prisma sexual, que não era mulher para um só, cabendo ser satisfeita pelos dois; que em seguida, os policiais (…) tentou se encostar na declarante, a quem a declarante fez alvo de uma cusparada; que prosseguiram as torturas, inclusive bofetadas; que pelas quatro horas da madrugada, Chael e Roberto saíram da sala onde se encontravam, visivelmente ensangüentados, inclusive no pênis, na orelha e ostentando corte na cabeça; que daí foram transferidos para a Polícia do Exército, (…) nesta mesma madrugada; que nesta unidade do Exército, os três presos foram colocados numa sala, sem roupas; que inicialmente chamaram Chael e fizeram-no beijar a declarante toda, e em seguida chamaram Antonio Roberto para repetir esta prática, empurrando a cabeça dele sobre os seios da declarante e (…) repetindo que ele tanto estava habituado; que depois um indivíduo lhe segurou os seios, apertando-os, enquanto outros torturadores lhe machucavam, inclusive a palmatória; que depois usaram um cacetete e empurravam a declarante contra a parede; que em seguida prosseguiam as torturas, através de choques secos, que a declarante suportava; que em seguida Antonio Roberto e Chael foram levados para a sala do lado e de onde estava a declarante, que ouvia gritos de Chael dizendo não saber de nada; que após fizeram a declarante deitar-se ao chão, que molharam, prosseguindo com a (…) dos choques; que esta prática se repetiu por duas horas; que tais torturas duraram até sete horas da manhã, quando Chael parou de gritar, ficando caído no chão e Antonio Roberto foi levado para um banco, onde ficou sentado, ainda mais ensangüentado do que viera da polícia; que então chegou o Cap. Lauria e disse que a declarante não ia apanhar mais, que podia vestir sua roupa; que foi conduzida à enfermaria, onde recebeu um ponto à cabeça, tendo os lábios rachados, com o rosto deformado e varizes lhe advieram, somente muito tempo depois, recompondo sua aparência local; que daí foi levada para a 1ª Cia. de Intendência, onde saía para prestar depoimentos perante muita gente, observando a declarante que era considerada como peça muito importante no movimento, antes de prestar declarações; que foi ouvida pelo Cap. Lauria, por um tal de Fernando, o qual teve um comportamento excelente com a declarante; que nos seguintes dias após vinte e um de novembro, a declarante prosseguiu sendo ouvida, que continuou apanhando, embora com um cunho psicológico, torturas físicas suportáveis; que o Cap. Guimarães apertou o seu pescoço dizendo que iria enforcá-la até quanto agüentou e que sendo fria não lhe importaria de morrer, que identificou esse nome até recentemente, quando chegou ao local onde se encontrava a declarante, totalmente bêbado em companhia do Cap. Lauria; que o Cap. Lauria também estava com um comportamento estranho, cheirando a bebidas, de onde tinham vindo de um churrasco da polícia; que proferia insultos morais à declarante; que na 1ª Cia. De Intendência, o pessoal era ótimo, completamente neutro (…); que Chael estava desesperadamente gritando na Polícia do Exército, no sábado pela manhã, que somente vinte dias depois veio ter notícias da morte de Chael; que Antonio Roberto assistiu a morte de Chael (…).” Mesmo depois de tamanho sofrimento, e ainda sob a guarda dos torturadores, Maria Auxiliadora não só teve a coragem de denunciar as torturas sofridas e o assassinato de Chael, como foi capaz de, em 17 de novembro de 1970, frente ao Conselho Especial de Justiça do Exército, reunido na 1ª Auditoria, em São Paulo, de fazer as declarações que seguem: (…) que pelos nomes não conhece as testemunhas arroladas pelo dr. Procurador (…); que não conhece as provas constantes dos autos; que a imputação não vê verdadeira pois não se filiou à Var Palmares e nem prestou qualquer auxílio àquela organização; que não sabe de algum motivo particular a que deva atribuir a acusação e nem conhece pessoa ou pessoas a que deva ser imputada a prática do delito narrado na peça vestibular; que está sendo processada, pelos mesmos motivos, perante a 2ª Auditoria da Marinha, da 1ª CJM; que não foi ouvida pelas autoridades policiais no Estado de S.Paulo; que no Est. da GB prestou depoimento perante a autoridade policial e na 2ª Auditoria da Marinha; (…) que perante aquela autoridade judiciária fez um longo relato das sevícias que sofreu e descreveu, detalhadamente, como ocorreu sua prisão; que, repetindo, afirma não ter pertencido a nenhuma organização clandestina; (…) perguntada se tem outras declarações a fazer, respondeu afirmativamente e declarou (…) ipsis literis, o seguinte: que não cometeu crime algum, (…) nem eu, nem qualquer indiciado em outra organização, pois os verdadeiros criminosos são outros; se há alguém que tenha de comparecer em Juízo esse alguém são os representantes desta Ditadura implantada no Brasil, para defender interesses de grupos estrangeiros que espoliam as nossas riquezas e exploram o trabalho do nosso povo; que, além deste crime, que acho ser o primordial, como conseqüência disso, mais da metade da população brasileira é mantida no sub-emprego, na miséria, no analfabetismo e nas doenças endêmicas. Que, além desses citados crimes, o crime de haver torturado até a morte brasileiros valorosos como João Lucas, Mario Alves, Olavo Hansen e Chael Charles, que foi chutado igual a um cão e cujo atestado de óbito registra 7 costelas quebradas, hemorragia interna, hemorragias puntiformes celebrais, equimoses em todo o corpo. Em segundo lugar, não existe justiça e imparcialidade num Tribunal da Ditadura, só existirá verdadeira Justiça, quando depois da implantação do socialismo no Brasil, for formado um Tribunal Popular que julgará, sem os recursos das torturas e das sevícias, mas implacavelmente, os verdadeiros criminosos.Em terceiro lugar, embora não tenha sido militante da VAR, concordo inteiramente com a linha política da organização e considero que só a luta armada, levada a cabo pelos trabalhadores e explorados, poderá destruir o exército da ditadura e do imperialismo, construindo o socialismo no Brasil (…) Suas declarações atestam sua militância e seu martírio e justificam o gesto alucinado. Voto pela inclusão do nome de Maria Auxiliadora Lara Barcellos dentre as vítimas fatais da ditadura militar, por entender que esta é uma reparação moral indispensável para resgatar tanto a sua memória, quanto a dignidade nacional. Reconhecer a responsabilidade do Estado na sua morte, levada ao suicídio pelas seqüelas das torturas, do banimento e do exílio é um ato do presente voltado para o futuro, representando o mais vivo repúdio à violência, ilegalidades e torturas praticadas pelo Estado durante a vigência da ditadura militar. Nesta semana em que se comemoram os 25 anos da anistia parcial e restrita da ditadura militar, a nossa homenagem a Maria Auxiliadora, guerrilheira morta na luta pela liberdade. Suzana Keniger Lisbôa Relatora Comissão Especial – Lei 10.875/04 Em 26 de agosto de 2004.