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Acervo GNTM/RJ - 13 de março de 2013

Terrorismo Ontem e Hoje

O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ denuncia os graves atos de terrorismo e intimidação ocorridos semana passada, na cidade do Rio do Janeiro. No dia 04 de março de 2013, o menino Alan de Souza, de apenas 11 anos, foi encontrado morto na Vista Chinesa. Segundo o laudo da necropsia do Instituto Médico Legal (IML), Alan, com as mãos amarradas, levou dois tiros à queima roupa na cabeça. Antes de morrer, os especialistas constataram que ele foi barbaramente torturado, teve as unhas das mãos e dos pés arrancadas.

No dia 07 de março do corrente ano, um grave atentado aconteceu na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional/RJ, quando três artefatos conhecidos como “cabeça de negro” explodiram na sede da entidade. Vale lembrar, que no ano de 1980, no mesmo local, uma bomba foi detonada, matando a secretaria Sra. Lyda Monteiro, que à época secretariava o presidente da OAB Nacional, Dr. Eduardo Seabra Fagundes. Até hoje esse crime não foi elucidado.

Tais fatos não podem se repetir! Não se pode esquecer o período da ditadura civil-militar (1964-1985) quando milhares de pessoas foram presas, torturadas, mortas e desaparecidas e, muitos tiveram seus direitos políticos cassados. Hoje em dia, como herança daquele período, para defender o Estado de Segurança justifica-se a violação aos direitos constitucionais da pessoa humana.

Atualmente, segundo a lógica mundial dos projetos neoliberais vigentes em escala planetária, os “inimigos internos” do regime são os segmentos mais pauperizados da sociedade, especialmente as populações das periferias das grandes cidades e das favelas do Rio de Janeiro.

Outro aspecto a ser levantado, é o treinamento da polícia militar que enfatiza a desumanização da tropa, onde se banaliza e se justifica a tortura, o extermínio e a execução sumária como práticas normais e naturais na polícia e indispensáveis ao bom funcionamento da sociedade. Perguntamos: que tipo de militar ou policial querem formar? Que política de segurança pública se está produzindo?

Enfatizamos, ainda, que os meios de comunicação, na maioria dos casos, incitam a população a essas práticas. Muitas vezes, o entendimento é de que não há outra saída, a não ser a tortura o e extermínio para os considerados perigosos.

A polícia brasileira continua mantendo a lógica da ditadura: a truculência, a tortura e o extermínio para manter a “ordem pública”.

O GTNM/RJ que há 28 anos luta pela afirmação da vida em todos os sentidos, exige a investigação e o esclarecimento dos dois crimes.

Pela Vida, Pela Paz

Tortura Nunca Mais

Rio de Janeiro, 12 de março de 2013.

A Diretoria

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