Colômbia/2003

Documentário

Direção: Yezid Campos

Duração: 58 min.

Os sistemas terroristas de governo – ditatoriais ou não – assombram também pelo requinte com que criam e recriam as suas formas de opressão e barbárie contra o povo de uma nação.

Acostumados que estamos com a história da ditadura civil-militar brasileira, quando resistimos, fomos presos, torturados, assassinados e desaparecidos, causa espanto um governo constitucional que assassina através de organizações paramilitares clandestinas cerca de 5.000 pessoas de oposição organizadas em partido legal! É o que ainda ocorre na Colômbia!

Este documentário conta essa história até 2003, e denuncia inclusive a quebra de acordos feitos com a OEA. Paga a pena ver “O Baile Vermelho” que é o nome de uma das operações desencadeadas pelo Estado colombiano para exterminar o partido União Patriótica.

Segue o release do próprio CD:

“Em 1985, são concluídas as negociações de paz entre a direção das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e representantes do Estado colombiano, com a assinatura dos ‘Acordos de Uribe’. É fundado o Partido da União Patriótica (UP), com a participação de guerrilheiros das FARC, membros do Partido Comunista e setores independentes de diferentes organizações e ideologias.

O documentário O Baile Vermelho (El Baile Rojo) traz a história de uma política do Estado colombiano de aniquilamento da União Patriótica através de ações orquestradas com paramilitares e traficantes.

Sobreviventes e familiares das vítimas denunciam a perseguição e extermínio físico de cerca de 5.000 militantes e simpatizantes da UP que ocorreram na Colômbia a partir de 1985, em um país com um regime constitucional e não uma ditadura aberta. Entre os assassinatos estavam três candidatos à presidência, um senador, oito deputados federais, centenas de representantes locais – prefeitos e parlamentares.

Esse é um caso emblemático de violação de direitos humanos, um verdadeiro genocídio político realizado de maneira sistemática e organizada contra uma frente política legal de oposição.”